quinta-feira, 7 de abril de 2011

Cecchinelli explica regulamentos da nova classe de Moto3

Com a recente publicação dos Regulamentos Técnicos da nova categoria de 250cc a 4 tempos a ser introduzida em 2012, o motogp.com falou com o Director de Tecnologia de MotoGP para destacar os principais pontos da classe que vai substituir as 125cc.

Corrado Cecchinelli, Director de Tecnologia de MotoGP, falou com o motogp.com sobre a nova categoria de Moto3 após o anúncio dos Regulamentos Técnicos da categoria que se estreia no próximo ano. Nesta entrevista de vídeo Cecchinelli dá um panorama geral das características das novas máquinas de 250cc a 4 tempos, o motivo que levou à substituição das 125cc, o que espera em termos de impacto no Campeonato do Mundo em termos de qualidade das corridas e desenvolvimento de tecnologia, bem como os benefícios financeiros que se sentirão com o lançamento das máquinas de Moto3.
Cecchinelli disse: “A principal razão para este conceito é termos um produto mais em linha com a actualidade porque para a maioria no mundo real, ninguém está interessado em motores a 2 tempos. Já estão ultrapassadas. O segundo ponto tem a ver com o facto de acreditarmos que, com os limites presentes no regulamento, serão uma moto e motor muito baratos de produzir, mas mais que isso, ficará em linha com as outras categorias. Será melhor como primeiro passo para um piloto, ou equipa, para depois subir até ao MotoGP.”
“O moto será um protótipo de 250cc. Será um motor único, com injecção de combustível e vai contribuir para a redução de custos e melhorar a fiabilidade. A máquina será considerada em conjunto com o piloto, como na actual 125cc. Terá um peso de 148 kg, a diferença que temos para as actuais 125cc será maior que o que esperamos do motor em si. Isto vai ao encontro do que tínhamos dito antes sobre fazer com que o campeonato seja uma competição onde possam progredir melhor para o MotoGP. Isto deve-se ao facto da vantagem de pilotos leves ser reduzida, assim como a desvantagem de pilotos mais pesados ser também reduzida. Será um desafio técnico mais interessante porque será um tipo de motor mais conhecido hoje por todos os que o utilizam. Haverá muito mais motores nas corridas que nas actuais 125cc porque teremos marcas diferentes que estarão interessadas.

 

Operação de Pedrosa bem sucedida

O piloto da Repsol Honda retirou os parafusos e placa que lhe tinham sido colocadas na clavícula. A cirurgia teve lugar em Barcelona.

Dani Pedrosa foi submetido a uma operação no Teknon Medical Centro, em Barcelona, para descomprimir a artéria subclaviana e deverá recuperar de forma satisfatória. A intervenção foi realizada pelo Dr. César García-Madrid, cirurgião vascular, e pelo Dr. Joaquim Casañas, cirurgião ortopédico e de traumatologia, ambos especialistas do Teknon.
Com o objectivo de aliviar a compressão arterial, a placa de titânio e os parafusos que tinham sido colocados na clavícula foram removidos. A artéria subclaviana também foi separada do tecido fibrótico que rodeia o espaço cotoclavicular. Ao mesmo tempo, uma angiografia transfemoral confirmou o regresso do fluxo subclaviano.
Os exames médicos levados a cabo na semana passada, no Institut Vascular Sala Planell, incluindo vários exames médicos e TACs de quatro dimensões em posições específicas, confirmaram que os sintomas das dores, dormência e falta de força no braço esquerdo de Dani se deveram à compressão da artéria subclaviana secundária.
Dani Pedrosa vai continuar no hospital durante mais 48 horas para dar seguimento ao tratamento com analgésicos e anti-inflamatórios. Na próxima semana visitará de novo os médicos para determinar a reabilitação com vista à participação no Grande Prémio de Portugal, que tem lugar a 1 de Maio no Estoril.

 

domingo, 3 de abril de 2011

Terol soma segunda vitória da época em Jerez

Nicolas Terol conquistou mais 25 pontos na corrida molhada de 125cc no Gran Premio bwin de España, batendo Jonas Folger (Red Bull Ajo Motorsport) e Johan Zarco (Ajo Motorsport) em emocionante prova. Miguel Oliveira rodou em terceiro, mas sofreu queda e teve de desistir na quinta volta.

 

Tudo dava a entender que a Bankia Aspar conseguira uma dobradinha até à queda de Héctor Faubel (Bankia Aspar) depois de grande batalha com o companheiro de equipa ao longo da corrida. Faubel foi ao chão na última volta do seu 150º GP e acabou por terminar em 11º. Terol reclamou o 11º pódio consecutivo com o triunfo, o seu sétimo nas 125cc. Na sua 98ª corrida o piloto terminou com uns impressionantes 17,446s de margem sobre o segundo, Folger.
 
Após a chuva da manhã, a corrida começou com pista húmida e algumas zonas mais molhadas, o que levou os pilotos a partirem com pneus de chuva. Contudo, tudo se tornou mais difícil a partir de meio da corrida com o intensificar da chuva, o que levou a várias acidentes.
 
Jonas Folger assinou o segundo pódio da carreira com o segundo lugar, à frente de Zarco. O anterior melhor resultado do gaulês era um sexto posto. Folger e Zarco envolveram-se em intensa luta com o homem da pole Sandro Cortese (Intact Racing Team Germany) e Efrén Vázquez (Ajo Motorsport) e lograram levar a melhor, enquanto Cortese sofreu queda na luta pelo terceiro posto. Ainda assim, o germânico regressou à pista para terminar em sexto. Vázquez teve sorte idêntica, indo parar à gravilha e conseguindo, como Cortese, voltar à prova para acabar em nono.
 
Os britânicos Danny Kent (Red Bull Ajo Motorsport) e Taylor Mackenzie (Phonica Racing) cruzaram a meta em quarto e quinto, respectivamente. Kent tinha como anterior melhor marca um 13º lugar, enquanto Mackenzie tinha um 18º, o que tornou os resultados desta jornada ainda mais impressionantes.
 
Jakub Kornfeil (Ongetta-Centro Seta) foi sétimo, somando bons pontos à frente de Hiroki Ono (Caretta Technology Forward Team). O décimo posto ficou a cargo de Zulfahmi Khairuddin (AirAsia-SIC-Ajo).
 
Maverick Viñales (Blusens by Paris Hilton Racing Team) também esteve envolvido em excitante luta e perto de Cortese, Zarco e Vázquez, mas teve um problema na embraiagem que o obrigou a desistir.
 
Muito bem esteve também Miguel Oliveira (Team Andalucía Banca Cívica). O jovem português largou bem do oitavo posto para ganhar posições e rodar em terceiro. Contudo, uma queda na Curva 13, à quinta volta, ditou o final antecipado da prova de Oliveira. Outras vítimas do tempo a irem ao chão foram Niklas Ajo (TT Motion Events Racing), Luis Salom (RW Racing GP) e Danny Webb (Mahindra Racing), que foi retirado de maca.


Iannone vence no molhado em Jerez

Andrea Iannone (Speed Master) levou a melhor na chuva, na pista andaluza, para garantir a quarta vitória de Moto2, no Gran Premio bwin de España. A seu lado no pódio ficaram Thomas Lüthi (Interwetten Paddock Moto2) e Simone Corsi (Ioda Racing Project).

 

Lüthi assumiu o controlo inicial da corrida e colocou-se no bom caminho para a primeira vitória na Moto2, mas isto até o italiano o passar e estabelecer boa vantagem. Iannono terminou com uma margem de 7,850s, melhorando o segundo posto conquistado em Losail, o que leva o piloto da Speed Master a assumir a liderança do Campeonato do Mundo de 2011.
  A corrida começou com pista húmida, chovendo depois ao longo da corrida, tornando o piso escorregadio. Vindo de 18º da grelha, Simone Corsi (Ioda Racing Project) liderava a corrida ao cabo de volta e meia, mas foi depois apanhado por Iannone e pelo piloto suíço, tendo de se contentar com a terceira posição, o seu terceiro pódio na categoria intermédia.
Bradley Smith (Tech 3), que partiu de quinto, terminou na quarta posição na sua segunda corrida de Moto2. O jovem britânico recuperou posições no início e chegou mesmo a passar pela liderança. A poucas voltas do final rodava em quinto, mas um erro de Stefan Bradl (Viessmann Kiefer Racing) valeu-lhe a subida de uma posição.
Bradl tentou ser o primeiro alemão a conquistar duas vitórias consecutivas na categoria intermédia desde Ralf Waldmann, em 1996, mas perdeu várias posições na partida e limitou-se depois a controlar as perdas. Luthi e Bradl partilham agora o segundo posto da classificação.
Julián Simón (Mapfre Aspar) foi o melhor espanhol com a sétima posição, à frente de Alex de Angelis (JiR Moto2). Seguiu-se o escocês Kev Coghlan (Team Aeroport de Castelló).
O estreante Michele Pirro (Gresini Racing Moto2) foi nono após grande luta até à última volta com o os companheiros de equipa da MZ Racing. Anthony West, depois de boa prestação no warmup, mas foi batido por Max Neukirchner na luta pela décima posição.
Yuki Takahashi (Gresini Racing), que tinha estado na luta pela terceira posição, sofreu queda a alta velocidade na Curva 12 depois de perder a frente e teve de desistir.
Marc Márquez (Team CatalunyaCaixa Repsol) falhou a soma dos primeiros pontos na Moto2 depois de Jules Cluzel (Forward Racing) ter falhado a travagem e o ter colocado fora de prova quando lutavam pelo sexto posto.

Lorenzo reina em Espanha

Jorge Lorenzo (Yamaha Factory Rcing) venceu a corrida molhada de MotoGP no Gran Premio bwin de España depois de Marco Simoncelli (San Carlo Honda Gresini) ter caído quando liderava. Tal como em 2010, Dani Pedrosa (Repsol Honda) foi segundo. Nicky Hayden (Ducati Team) fechou o pódio depois das últimas voltas terem sido marcadas por várias quedas.

 

O actual Campeão do Mundo de MotoGP largou da primeira linha da grelha e somou 25 pontos, a primeira vitória do ano, no Gran Premio bwin de España. Foi o segundo triunfo consecutivo do espanhol em Jerez e uma réplica de 2010 com Dani Pedrosa em segundo. O maiorquino terminou com 13,256s de margem sobre o compatriota após corrida caótica e imprevisível até final.
Numa corrida disputada no molhado e com piso muito escorregadio, Simoncelli esteve a caminho da primeira vitória na categoria rainha, com uma vantagem de três segundos sobre Lorenzo. O italiano, contudo, sofreu queda feia na Curva 1, vendo-se obrigado a desistir. Pedrosa ainda tentou recuperar para lutar pelo triunfo, mas tal não haveria de ser e o espanhol ainda chegou a ser passado por Ben Spies (Yamaha Factory Racing). No entanto, o americano cometeu erro quando rodava em segundo e acabou na gravilha.
Colin Edwards (Monster Yamaha Tech 3) teve o mesmo azar, ainda para mais numa altura em que estava prestes a reclamar uma posição no pódio após a queda do companheiro de equipa e atrás de Pedrosa. Com tudo isto, foi Hayden quem reclamou o mais baixo do pódio, o primeiro do ano da Ducati Team e o seu segundo com a equipa.
O vencedor da corrida do Qatar, Casey Stoner (Repsol Honda), foi vítima de um erro de Valentino Rossi (Ducati Team) que colocou ponto final prematuro na sua corrida. O piloto da Ducati, que partiu de 12º, estava em quarto ao final de poucas voltas e juntou-se depois ao grupo da frente. Após ter ultrapassado Lorenzo, Stoner era o próximo alvo e ao após ter feito a manobra por dentro perdeu o controlo da moto. O erro levou à colisão com Stoner. O homem da Repsol Honda não conseguiu voltar a fazer a moto funcionar, enquanto o italiano voltou à pista no final do pelotão. Ainda assim, e devido a todos os incidentes, Rossi terminou em 5º e somou 11 pontos.
Hiroshi Aoyama (San Carlo Honda Gresini) ficou a um lugar do pódio, em quarto, o seu melhor resultado no MotoGP. Héctor Barberá (Mapfre Aspar Team) foi sexto, à frente de Karel Abraham (Cardion ab Motoracing). Cal Crutchlow (Monster Yamaha Tech 3) foi oitavo depois de, tal como o checo, também ter ido ao chão.
O Campeão do Mundo de Moto2 Toni Elías (LCR Honda) foi nono, com John Hopkins, da Rizla Suzuki, a fechar o Top 10 nesta corrida em que substituiu o lesionado Álvaro Bautista.

FOTO: Valentino Rossi, Casey Stoner falha em Jerez


Este é o momento controverso quando Valentino Rossi bateu e tirou 2.011 do Mundo de MotoGP Casey Stoner, líder do Campeonato Espanhol no domingo durante o Grande Prémio de Jerez de la Frontera (veja abaixo a sequência completa).

O incidente ocorreu quando Rossi tentou ultrapassar Stoner para o segundo lugar na primeira curva na segunda volta da corrida 8 molhado.

O italiano, que largou em décimo segundo apenas para a Ducati, veio de um longo caminho de volta na zona de travagem, mas parecia que ele só poderia fazê-lo funcionar - até que a roda da frente dobrada no ápice.

Stoner estava do lado de fora da Itália sem ter para onde ir e moto caída Rossi acabou com a roda dianteira do australiano, o envio de ambos cai.

Rossi voltou a terminar em 5º  lugar numa corrida que viu oito pilotos acidente, enquanto Stoner foi forçado a se aposentar.

Rossi mais tarde pediu desculpas para Stoner, que venceu da pole em uma volta no Qatar.

Stoner, embora sorrindo e aceitando handshake Rossi, disse que "Sua ambição supera seu talento"durante a breve troca, na qual ele também perguntou sobre o ombro de Rossi.